terça-feira, abril 04, 2006

Professor Funério


Quando entrei na faculdade de jornalismo, procurei deixar de lado as cadeiras teóricas, e parti direto para as práticas.
Confesso que essa talvez não tenha sido a idéia mais inteligente, porque agora que estou no final do curso (ou quase isso), as chatíssimas cadeiras teóricas estão me enlouquecendo.
Um exemplo disso é a tal: Fundamentos Antropológicos.
Pois toda terça-feira eu tenho um infeliz encontro com a referida cadeira, e o professor maluco, que apelidei de Funério.
Pois o Funério só fala de morte. Hoje ele levou a turma inteira para o necrotério da Unisinos.
Primeiro uma sessão de contato com os presuntos fatiados: braços, cabeças, cérebros (ou célebros como chamava uma futura colega jornalista), e outras partes tão repugnantes daquilo que um dia havia sido um ser humano.
E o Funério lá, todo feliz dando tchauzinho com o braço do morto.
Eu, impressionado que sou, nem entrei no necrotério.
Depois o Funério levou o que sobrou da turma para ver os cadáveres inteiros.
Eu já estava comendo pão de queijo e tomando Coca-Cola, quando o Funério levou a turma para assistir a um vídeo sobre um acidente de trânsito, onde um casal de namorados morria no final.
Antes de acabar a aula, nosso querido professor Funério lembrou todos que semana que vem, todos precisamos entregar um trabalhinho com uma entrevista com a família de algum doente terminal... como fotos de preferência...
Eu acho que vou rodar nessa cadeira...

3 comentários:

Cecilia W. disse...

Arrume mais alguns alunos descontentes, e vão reclamar na coordenação!
Um beijo, te amo!

Anunciação disse...

Esse cara é doido!Concordo com a Ciça.E olha que eu fiz medicina.

Gláucia disse...

Tá brincando? Que horror!!!!!!