Shine on you crazy diamond

Hoje pela manhã eu soube da morte de Syd Barret.
Morreu aos 63 anos, por motivos ainda não divulgados. Sabe-se que ele era diabético, e provavelmente sua morte tenha sido em decorrência da doença.

Em minha opinião, Barret foi mais um desses gênios que infelizmente morreram cedo demais.

Ok, vocês vão dizer “tudo bem, 63 anos hoje em dia é muito cedo pra morrer, mas cedo demais é exagero”.

Pra mim, Syd morreu em 1967, quando saiu do Pink Floyd, banda que fundara em 1964.

Syd nasceu em 46 e saiu do Pink Floyd em 67, ou seja, quando tinha somente 21 anos de idade.

Lembre-se que a idade cabalística dos “roqueiros” (detesto essa palavra) é aos 27 anos. Exemplo disso é: Jimi hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin, Kurt Cobain e outros.


Syd era um visionário. Hoje em dia, quando se vê shows como o do U2, cheios de telões e efeitos especiais, pouca gente lembra de dizer que o cara que “inventou” isso nos shows foi o Syd Barret, que colocava uns vídeos projetados sobre a banda no palco (lembrem-se, 1966).

Infelizmente, o uso abusivo de LSD, e outras substâncias acabaram fazendo com que a esquizofrenia acabasse tornando sua vida “em sociedade” praticamente inviável.


Em 1967, David Gilmour entra no Pink Floyd. Syd fica uns tempos apenas como positor da banda, mas mesmo assim, não havia condições de continuar, e então ele sai definitivamente do Pink Floyd, e segundo dizem, foi viver com a mãe, num mundo todo dele. Gravou alguns discos depois disso, mas nunca mais foi o mesmo.

Syd morreu ali, aos 21 anos, longe do mundo real, da vida real.

Em 1975 o Pink Floyd gravou o disco Wish you were here, dedicado totalmente a Syd Barret. Outro clássico do Pink Floyd dedicado à Barret é Shine on you crazy diamond.

Aliás, como bem diz meu amigo Paulo Retamozo, a discografia mais famosa do PF, é sobre a relação de amizade e saudade de Roger Waters por Syd Barret.
Mas isso já é outra história, que talvez eu conte um dia.