quinta-feira, janeiro 25, 2007

Os sobreviventes levantem a mão por favor.

Porto Alegre como sempre, e como nunca, tem sido infernal neste verão.

Segunda-feira enfrentei com terno, gravata e galhardia, os 36ºc que assolavam a mui leal e valorosa capital do Rincão da Grossura.

Alguém certa vez me disse assim – quando eu for prefeito dessa merda, decreto ponto facultativo toda vez que a temperatura ultrapassar os 32ºc...

Diante disso, abro meu voto para o idealizador de tão importante projeto social, por que calor igual a esse, só serve pra quem está de férias, na beira da praia, devidamente acompanhado de uma Polar bem gelada.

Diante disso tudo, e buscando explicar os motivos de minha ausência nos últimos dias, dou ciência “a quem interessar possa”, dos últimos acontecimentos de minha vida.

Dia desses, apesar do calor infernal, resolvi encarar uma caminhada de meia-hora, do trabalho até a minha casa na hora do almoço. Nunca faço isso, mas nesse dia, achei que seria interessante almoçar em casa.

Pois bem, encarei o caminho até minha casa sem ter idéia do que viria acontecer. Entrei no prédio, subi os 4 andares, entrei em casa, enfiei a cabeça dentro da geladeira e fiquei lá uns 5 minutos, tentando chegar finalmente, numa temperatura corporal aceitável.

Cinco minutos, só isso. Fui obrigado a tirar a cabeça de dentro da geladeira, pois ouvi um barulho estranho na porta da minha casa.

Tirei a cabeça da geladeira e fui até a porta. Olhei pelo “olho mágico” e vi um sujeito com uma chave de fenda na mão, tentando (com muito sucesso) remover a grade de ferro que separa meu apartamento do mundo hostil em que vivemos.

Abri a porta cuidadosamente (pra não assustar o bandido, afinal ele estava trabalhando), e como quem não quer nada perguntei o que ele estava fazendo com aquela chave de fenda na minha grade de ferro, e porque, afinal de contas, metade da grade já havia sido desparafusada da parede.

O sujeito se assustou coitado, ficou de pé, colocou a chave de fenda no bolso de trás da calça, fechou os olhos, e disse assim: - sou deficiente físico, o senhor não tem nada pra dar?

Sei lá por que não acreditei nele, e respondi com certo sarcasmo: Tenho! Tenho tiro pra dar filho da p*%@!

Fechei a porta, e fiquei espiando pelo olho mágico a reação do pobre cego. O Homem deu meia volta e sumiu escada abaixo.

Liguei pra polícia, que levou só 45 minutos pra atender meu chamado, e depois tirei o resto do dia pra consertar a grade que o pobre ceguinho havia quase que totalmente, arrancado da parede, em apenas cinco minutos.

Bom, além disso, nos últimos dias tentei dar continuidade ao meu plano de assistir um filme por semana, mesmo que seja em casa, e não no cinema.

Na semana que passou, fiz um rancho na seção “Filme de ação”, e assisti Clube da Luta, Kill Bill I e II, e mais alguns que nem lembro o título.

Por enquanto é isso, até!

3 comentários:

AdriB. disse...

Que história mais absurda!! Meda...
(Ah, gostei daqui).

Lauro Rocha disse...

Obrigado Adri, volte sempre.
P.s.: é, a situação está de dar medo mesmo.

Santa Panela disse...

hahahahahaha.. Nem te conto como cheguei aqui! Nem te conto, ainda, qual surpresa foi encontrar meu link!!!
Mais surpresa, ainda, foi ler o seu "ceguinho" e sua cabeça na geladeira!!!!

Beijos

San

p.s. Obrigada pelo link!