Um réquiem para a Varig

Hoje encerra o prazo para que o grupo de funcionários da Varig levante os U$ 75 milhões necessários para assumir o comando da companhia. Eles ainda esperam que o BNDS faça esse aporte financeiro inicial, o que até o momento, não parece provável.

Diariamente os veículos de comunicação atualizam os dados sobre os vôos cancelados da companhia, o que em determinados momentos, parece mais a contagem dos últimos suspiros da quase octagenária empresa de aviação. Ela está na UTI, e os boletins médicos não são nada satisfatórios. Estamos vendo a companhia morrer.

Cada vez que os veículos de comunicação informam o cancelamento de um vôo, a procura por bilhetes da companhia diminui. A Varig possui um histórico exemplar de serviços prestados, um excelente serviço de bordo, leva a marca do pioneirismo na aviação brasileira, porém, sua imagem parece estar mortalmente arranhada. Quem de bom senso compraria sua viagem pela Varig hoje ?

Empresas aéreas, nesse ponto, são muito semelhantes aos bancos. Sua credibilidade é a garantia de perante aos clientes de que o investimento feito será cumprido como esperado. A Varig não vem cumprindo seus compromissos, portanto, não há garantia aos clientes e o resto vocês já sabem como é que funciona.

A pouco tempo, li uma matéria sobre eutanásia, e as maneiras de dar uma morte mais “digna e menos dolorosa” aos pacientes. Será que existe eutanásia para empresas ?