quarta-feira, abril 04, 2007


Quantos rockstars que você conhece viraram nome de planeta? Bom, não muitos – na verdade apenas um: Frank Zappa, que batizou o planetóide 3834 Zappafrank – localizado no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter. Além de um segundo asteróide, Zappa serviu de inspiração na hora de nomear uma nova espécie de aranha, uma recém-descoberta água viva... As homenagens ao músico, morto há 13 anos, seguem também fora do mundo científico – como este livro-tributo Zappa – Detritos Cósmicos, organizado pelo reverendo Fábio Massari, o maior especialista, deste lado do Equador, no bigodudo de Baltimore.

São 38 colaboradores, entre ilustradores, músicos, jornalistas, quadrinistas, escritores e outros fãs de carteirinha de Zappa, cada um contribuindo com a sua parte: reminiscências históricas, teorias descabidas, lembranças de adolescência, tudo girando em torno da obra e lenda de um dos músicos mais criativos da cultura pop.

André Chistovam volta aos anos 70 e lembra de Zappa ao vivo em Los Angeles, Dagomir Marquezi nos leva por um roteiro à geografia zappiana, Allan Sieber nos lembra das melhores frases e máximas do mestre (“A maioria das pessoas não reconheceria uma boa música nem se ela viesse e as mordesse na bunda”, entre elas), Evandro Mesquita encara um show de Zappa de três horas no Palladium, em Nova York, Rogério Skylab tenta promover o encontro entre Zappa e o compositor erudito Pierre Boulez e a banda-tributo Central Scrutinizer Band lembra do show com Ike Willis (um dos principais colaboradores de Zappa), entre muitas outras homenagens prestadas pelos mais diversos súditos.

Tudo coroado pelas duas entrevistas brasileiras de Zappa, uma dada a José Carlos Nogueira, outra ao próprio Fábio Massari, uma série de artigos sobre Zappa assinados pelo reverendo, além de uma Zappagrafia – misto de discografia, bibliografia e compilação de outros objetos/ troféus/ produtos que fazem parte da mitologia zappiana. Mais que um tributo, Zappa – Detritos Cósmicos mostra que, assim como em sua obra, a influência de Zappa transcende a música – mas nunca deixa de estar ligada a ela, afinal, “música é o melhor”.

Fonte:Conrad Editora

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